segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Recordar para esquecer.

Esse caminho que segui
Agora vejo ao longe.
Remotos tempos passados
Que revivo nas memórias.
Algumas histórias que nem vivi
E nem são minhas,
Que vi passar nas páginas,
De códigos e segredos,
De vidas criadas pra se recordar
E de vidas que ninguém se recorda.
E a sina do homem enquanto história continua
E até mesmo quando,
 A história do homem enquanto vida termina
Ela segue, deixando para trás a lembrança
De que em detrimento de muitos esquecidos
Alguns poucos têm seu nome lembrado.

Em parceria com o Blog de Paulo Rodrigues, acessem!!!

domingo, 30 de outubro de 2011

Disparate



Algo está em minha cabeça
Que insiste em abreviar meus pensamentos.
Muitas palavras amontoadas,
Canções misturadas fazendo sentido,
Num momento de disparate único.
E agora esse que procura a razão,
Foi pro lado de lá
Pra buscar essa liberdade
Que o descompromisso com a sanidade traz.
Pra poder gozar de um último sorriso,
Antes que o amanhã venha lhe roubar outro dia.



domingo, 9 de outubro de 2011

Bem-me-quer?







 Recolho as flores mortas pelo caminho
Como se em cada uma delas
Habitasse uma parte de mim,
Que já não mais me pertence
Teimando em jamais retornar.
Me deixando na eterna ilusão
Que nunca mais serei completo
Quando você se nega a voltar.
Como quando em uma rosa
A pétala petulante
Insiste em não ser bem-me-quer.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mania





Mania besta essa minha
De ser você quando era pra ser eu.
Não sai mais de mim
Aquilo tudo que era seu
E agora sou eu.
Pedaços do que eu era,
Reduzidos ao seu querer.
Imenso prazer esse meu de ser teu!
Que espera o chamado de um novo dia
Anunciando outra vez,
Nós de novo outra vez...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Falso Pudor


Foi roçando a mão entre as pernas da moça
Que teimava em tirá-la
Como se não quisesse ali tal presença,
Como se não tivesse vontade
De enfiar aquela mão toda pra dentro de si
Mas, acatando as ordens do pai
Mantinha as pernas tão fechadas
Como se ali houvesse o maior tesouro,
E, realmente havia.
Mas, tanto esforço é em vão
Pois, assim que tocada na úmida vagina,
Suas brancas coxas se afastaram.
Tão gentilmente que as mãos cansadas
Escorregaram em direção aos lábios
Que em silêncio salivava
Faminta pelo coito,
Sedenta pelo gozo
Que o prazer de ser saciada traz,
Pela frente ou por trás.

                                                                                                                                                    (Homenagem ao dia do sexo)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

“Meu nome é Pocahontas!”

“Meu nome é Pocahontas!”
Bradava o velho em meio à multidão vermelha.
Sentia-se como há quarenta e sete anos atrás
Foram os oito dias mais felizes de sua nova vida
De um velho novo de novo e velho como sempre
Batia no peito e falava alto, falava muito
Perdia a voz, mas nunca parou de falar
De longos cabelos amarrados,
Era comunista de atos e faces, sem assumir,
Que tinha nas veias...
Esse sangue vermelho de todo mundo.
E andava a conversar com todos.
Andava por aí a procurar um canto;
Andava por aí a esperar um conto...


                                             Setembro, 2011

sábado, 3 de setembro de 2011

Sexo


Pênis afoito entra e açoita
Vagina, macia ardia em desejo
Quando lambusada de beijo e excitação,
Abre-se num convite irrecusável a entrar
Que sem demora é correspondido
Como resposta da libido
Que num gozo conjunto
Libera a voz presa no âmago
Da vontade incontida
De penetrar de corpo inteiro
Tal vagina consentida

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Desilusão


Após todo esse tempo ao seu lado
De longe pude te ver,
Parada numa imagem
Que teimou em ficar na minha cabeça,
Que já não tão boa
Pensa na demora da sua atenção
Que nunca tardou em não existir.
Em meio a essa mistura de desencontro
A química se mostra inútil,
O sentimento já não é mais moeda de troca
Nesse nosso mundo desiludido
Onde o amor acanhado
Se retira sem dizer adeus.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Palavras mudas


Passei dias sem poder escrever
Minha cabeça estava com preguiça
De colocar as palavras em ordem poética
Mas, eu sabia que tinha algo em mente
Como se gestasse alguma coisa.
Tudo pra afligir ainda mais
Meu pequeno coração de poeta
Que insiste em ver na tinta sobre o papel
Uma forma de ver suas palavras ecoarem,
Que mesmo mudas, no papel
Elas dizem mais que muitas bocas abertas
Que resmungam a ignorância que lhes resta.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sobre Ignorantes e Seus Costumes


Pra que calar a boca?
Se eu posso defecar umas palavras.
O silêncio muita vezes é a sabedoria
Que o ignorante prefere não ver.
Na minha frente muitos versos, muitas palavras
Que eu não entendo, mas fingir eu sei.
Vou desdenhar!
Quem sabe assim pareço culto.
Talvez as pessoas me tenham como bacana.
E eu possa ter (sua) atenção por alguns segundos.
Eu poderia ficar quieto não é?
Não! Vou falar.
Mesmo que sem saber
Vou desmerecer, assim vai aparentar que entendi
E minha ignorância vai se camuflar
Na arrogância da minha falta de conhecimento.
(...)
CALA A BOCA!!!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estrada

Hoje eu peguei a estrada
Não tinha muito o que fazer
E estava confuso.
Eu peguei a estrada era cedo
O céu estava desbotado ainda,
Com poucos raios de Sol.
Quando eu peguei a estrada
Todos estavam dormindo
E meus pés estavam no chão.
Não havia mais o que fazer
Então eu peguei a estrada.
Eu tinha algo na cabeça,
Mas, meu corpo estava sob controle.
Quando eu disse adeus...
E peguei a estrada.

sábado, 9 de julho de 2011

Mulher

Mulher diga pra mim teu intuito,
Me ama e me odeia.
Me envolvo nesse teu sorriso macio,
Que me acalma mesmo em pensamentos revoltos.
Aliso teu cabelo morena
E coloco teu nome na ponta da pena.
Me dizes porque!
Me obriga a briga e depois abriga em teus braços
Antes que o próximo furacão de pensamentos
Envolva teus pensamentos em maldizeres a meu respeito.
Todo mal já se foi de mim e de você.
O que quer de mim?
Me perco nas interrogações de tuas blasfêmias,
Nas dúvidas de teus questionamentos.
Que sem sentido de ser, foi...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sem Inspiração

Hoje eu não estou muito inspirado,
Acordei muito atrasado,
Sem vontade de escrever.
Muita coisa se passou pela minha cabeça,
Mas, as palavras não se encaixavam
E o que eu pensava não entrava no papel.
Teria a poesia abandonado este pobre diabo?
A caneta fugia de minhas mãos suadas.
Pensei que nunca mais iria escrever um verso
E tudo começou sair às avessas
Nada fazia sentido.
Pois o que seria dos poetas
Sem a poesia que é seu libido?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Reflexão

Um momento pra pensar
Antes que o tempo se dissolva
E nada mais eu possa fazer pra mudar.
Olhei pela janela e já era noite.
Mas, não era tarde
Havia tempo suficiente.
Minha vida ambígua
Sentia saudade de ser simples
Sentia falta de ser uma.
E quis ir embora do presente,
Pra ter um passado mais que perfeito.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Resposta aos Tolos

Mesmo que os sorrisos debochados permaneçam,
Os comentários de apoio contrário seja feito
Minha pena de poeta continuará a escrever.
Não preciso de elogios falsos,
Apenas de inspiração para rebater ironias.
A tinta continuará sobre o papel,
As palavras não se apagarão.
Minhas idéias permanecerão nas mentes.
Os leitores medíocres não me fazem falta.
Faço poesia pra quem quer ler.
Gostem ou não o que satisfaz é a reação
Do que degusta cada verso,
Como um prato refinado
Que o poeta prepara em sua mente
Com suave tempero de emoção.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Memória Transcendente

Saí de mim essa noite
Vi tudo que meus olhos lúcidos não podiam ver.
As estrelas mortas iluminavam mais
E a luz era tão forte que me cegava.
Preferi por um momento a escuridão
Que nesse momento saía de dentro de mim
Levando consigo todas as minhas dores.
Por um minuto me senti feliz,
Mas logo vi com estranheza
Essa felicidade que me invadia,
Pois o que será de minha história
Sem meus fracassos, perdas e derrotas?
Porque nenhum homem vive só de glórias
E nem só glórias povoam minhas memórias.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Eu interior

Sussurros estridentes ecoam eloqüentes.
A mente insana retarda o fim evidente.
O que será que virá de seus olhos,
Que calará as vozes que me emudece?
Antes a loucura do que uma sanidade passiva.
Sentar na poltrona e fingir que me preocupo.
O silêncio me perturba os ouvidos,
Pois é nesse momento que escuto melhor
Teus chamados escarnecidos,
A limitar meus pensamentos mais profanos
Sobre a paz interior que não encontro.

domingo, 3 de julho de 2011

Adeus

Despeço-me da vida que pensei que tinha
Hoje não mais sou o que eu queria
Longe de você meus olhos não funcionam.
Meu caminho é incerto, nem sei mesmo aonde vou.
Adeus eu digo a tudo que eu sonhei,
O que eu quero agora é que o fim me seja suave.
Dessa forma eu sigo sem querer mais nada.
Sonhar já não é uma opção,
A realidade é tudo que me resta
Desde que acordo e olho pro vazio que você deixou,
Ocupado pela ilusão de te ver voltar.

sábado, 2 de julho de 2011

Bom dia, dia.

Bom dia dia!
Que novidades me reserva pra hoje?
Espero que não sejam as mesmas de ontem,
Pois, essas já estão velhas.
Espero que possa me trazer mais prazeres,
Afinal de contas o passado foi ontem
E o presente eu quero hoje.
Me diga meu bom dia,
Tem algo de inesperado que me aguarda?
Antes que o Sol se levante e arda.
Fala comigo pra que eu possa conviver a rotina
Que me segue dia-a-dia fazendo filhos com meu ócio.
Me cansei de você, Oh dia.
Traga a lua antes que conquiste alguém que te repudia,
Oh dia!

Sem titulo.

Dê-me sua reflexão que eu reflito seu pensamento
Nas linhas erradas de minhas poesias.
Doces devaneios que permeiam minhas letras,
Errantes são idéias que completam meus versos
Escritos com a audácia de um mendigo trovador,
Que grita seus erros se vangloriando de seus fracassos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Linhas

Essas linhas sobre a noite
Costuram meus olhos abertos pra lua
Refletindo as letras que hei de escrever em breve.
Sossego, calma, tranqüilidade eu não espero.
Acelero meus pensamentos e tudo parece claro...
As linhas se foram e tudo vem.
Meus olhos não mais costurados permanecem abertos,
Como se minhas pupilas atrofiadas
Temessem se encontrar num desvario.
Eterno sonho de olhos abertos que não se acaba
Enquanto o brilho não chega ao fim,
Apagando meus pensamentos oníricos
E traçando novas linhas na minha estrada.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rita (lina)

Oh Rita, não se omita!
Venha até mim e admita,
Que sou quem lhe recebe de braços abertos.
Oh Rita, não se omita!
Faça com que seu brilho reflita.
Não se preocupe com minha retina,
Que se deleita sem se ofuscar com a lua matutina.
Oh Rita, não se omita
Não me negue à fé que você deposita
Nas noites em que aflita
Me põe palavras na boca
Na falta de inspiração que me irrita.
Oh Rita, não se omita
Me diga se você acredita
Nessa poesia maldita
Que eu leio sempre que me evita.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fim do fim

Sem que haja futuro
Eu sigo meus passos vazios
Numa trilha de sorrisos amarelados
Que meu espelho não refletiu.
Escassos dias de você
Percorrendo décadas vazias de imaginação.
Fuja dos delírios ociosos de amor
Que você sempre quis pra sua vida,
E persiga os espíritos de iniquidade,
Pois, hei de obter seus dias perdidos
Desejando que ela esteja lá
Quando meus dias pararem de acabar.

Mau humor

Escondido atrás do meu óculos escuro
As olheiras sorriem satisfeitas
E o asco contido na retina
Reflete a ira do momento em crise.
Sai a noite sem olhar no relógio,
Firma um pé na frente do outro e se apressa,
Não se sabe o destino,
Mas, quer chegar,
Mesmo que lá não seja seu lugar.
Infame tristeza que espera colaborar com um suspiro.
Bom companheiro, o mau humor me abraça
Como se flertasse com minha vida
Para que esse matrimônio se perpetue
Na eterna núpcia do devir
Que anuncia o passado que eu queria.