quinta-feira, 30 de junho de 2011

Linhas

Essas linhas sobre a noite
Costuram meus olhos abertos pra lua
Refletindo as letras que hei de escrever em breve.
Sossego, calma, tranqüilidade eu não espero.
Acelero meus pensamentos e tudo parece claro...
As linhas se foram e tudo vem.
Meus olhos não mais costurados permanecem abertos,
Como se minhas pupilas atrofiadas
Temessem se encontrar num desvario.
Eterno sonho de olhos abertos que não se acaba
Enquanto o brilho não chega ao fim,
Apagando meus pensamentos oníricos
E traçando novas linhas na minha estrada.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Rita (lina)

Oh Rita, não se omita!
Venha até mim e admita,
Que sou quem lhe recebe de braços abertos.
Oh Rita, não se omita!
Faça com que seu brilho reflita.
Não se preocupe com minha retina,
Que se deleita sem se ofuscar com a lua matutina.
Oh Rita, não se omita
Não me negue à fé que você deposita
Nas noites em que aflita
Me põe palavras na boca
Na falta de inspiração que me irrita.
Oh Rita, não se omita
Me diga se você acredita
Nessa poesia maldita
Que eu leio sempre que me evita.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fim do fim

Sem que haja futuro
Eu sigo meus passos vazios
Numa trilha de sorrisos amarelados
Que meu espelho não refletiu.
Escassos dias de você
Percorrendo décadas vazias de imaginação.
Fuja dos delírios ociosos de amor
Que você sempre quis pra sua vida,
E persiga os espíritos de iniquidade,
Pois, hei de obter seus dias perdidos
Desejando que ela esteja lá
Quando meus dias pararem de acabar.

Mau humor

Escondido atrás do meu óculos escuro
As olheiras sorriem satisfeitas
E o asco contido na retina
Reflete a ira do momento em crise.
Sai a noite sem olhar no relógio,
Firma um pé na frente do outro e se apressa,
Não se sabe o destino,
Mas, quer chegar,
Mesmo que lá não seja seu lugar.
Infame tristeza que espera colaborar com um suspiro.
Bom companheiro, o mau humor me abraça
Como se flertasse com minha vida
Para que esse matrimônio se perpetue
Na eterna núpcia do devir
Que anuncia o passado que eu queria.