quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Virgem Menina




Voltei a viver com intensidade
Depois da estocada dada
Na menina não desvirginada
Que imediatamente sangrava
Através da vagina pela saliva molhada.
E antes que recuperasse o ar,
Virei de costas à pequena fada
E ainda ereto,
Invadi a linda bunda rosada.
Com um grito de amor e dor consentido
Com um uivo a ninfa me presenteava.
Sem fôlego me deitei na grama pela noite orvalhada
Ouvindo gemidos da incauta que ainda ardida
Sorria feliz pela virgindade recém perdida.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Estranho Jeito de Amar




Seu sorriso na imagem
Com olhar puro e transparente
Tira a gravidade do meu chão.
As horas jorram de um relógio anacrônico
Nessa espera que não te traz pra mim.
Seu entendimento do meu ser,
O encaixe das nossas almas,
Revela o segredo desse sentimento,
Esse louco sentimento
Que faz ser nosso esse estranho jeito de amar
Nosso jeito ímpar de sentir
De ter o que é seu em mim
E tudo que é meu em você

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ao amor





Ao menos se houvesse uma palavra,
Um verbo que se limitasse a definir isso tudo
Imensidão de imaterialidade,
Que me preenche em todos os poros,
Criando uma densidade de não existência
Que envolve a visão daquilo que faz alvo.
Transformando o "não ser" em uma arte indefinida
Cujo nome se forma no vago da sua mente
Quando se encontra num furacão de vazio na memória.
Essa completa sensação de ser invadido
Por uma mescla de algo impalpável
Com um imenso vazio esgotado.
Isso tudo me traz a revolta da indefinição,
Mas, (felizmente) um vazio de solidão.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Grito

Sempre com gritos
Ele chega de um jeito torto
Um jeito errado
Que dá certo.
Sem olhar pra trás ele queima
Não escuta e finge que nem tá ali
Ele não pensa no que outros pensam
Louco, como poucos loucos nesses loucos
Sempre queimando, sem olhar pra trás
A gente sempre sabe quando ele chega
A gente sabe que ele grita
A gente sabe que é dele o grito.