sábado, 28 de abril de 2012

Teu Olhar



O que será que me dá?
Que me faz falta ser mirado por teus olhos,
Que me desiludo quando você passa
Sem ao menos um leve soslaio.
Me perco sem saber o que fazer
Quando sei que seus olhos desinteressados
Param sobre mim por um segundo.
Distraída você se vai
Sem perceber que levou minh’alma
No leve sorriso que seus olhos esconderam
Quando por um instante
Vi meu romance escritos
Nos fios emaranhados de teus cabelos.
Queria eu ser vento pra entre eles passear.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ode ao Grego



Do censo comum me desapego,
Sem medo do preconceito
E até com um certo tipo de despeito,
Inflo os pulmões para uma ode a ele,
Nascido na terra da democracia,
E nada mais democrático desde então.
Deleite de intimidade conjunta.
Uso da poética para um brado tardio
Ao ato alvo de um pré-conceito que repudio,
Como um hino eu canto meu apego,
Ao famigerado e platônico beijo grego.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Compro Coca



Compro coca!
Compro coca, guaraná e fanta uva!
Tem doce? Tem bala?
Minha cabeça em parafuso.
Compro coca!
E qualquer bebida,
Que faça meu coração bater.
Minha cabeça em paranoia.
Compro coca!
E quando acabar cola.
Pra consertar minha vida
Minha cabeça quebrada.
Compra coca!
E o que mais tiver,
Desde que não me deixe sucumbir
Ao pragmatismo de agora
E o silêncio do devir.