terça-feira, 6 de setembro de 2011

Falso Pudor


Foi roçando a mão entre as pernas da moça
Que teimava em tirá-la
Como se não quisesse ali tal presença,
Como se não tivesse vontade
De enfiar aquela mão toda pra dentro de si
Mas, acatando as ordens do pai
Mantinha as pernas tão fechadas
Como se ali houvesse o maior tesouro,
E, realmente havia.
Mas, tanto esforço é em vão
Pois, assim que tocada na úmida vagina,
Suas brancas coxas se afastaram.
Tão gentilmente que as mãos cansadas
Escorregaram em direção aos lábios
Que em silêncio salivava
Faminta pelo coito,
Sedenta pelo gozo
Que o prazer de ser saciada traz,
Pela frente ou por trás.

                                                                                                                                                    (Homenagem ao dia do sexo)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

“Meu nome é Pocahontas!”

“Meu nome é Pocahontas!”
Bradava o velho em meio à multidão vermelha.
Sentia-se como há quarenta e sete anos atrás
Foram os oito dias mais felizes de sua nova vida
De um velho novo de novo e velho como sempre
Batia no peito e falava alto, falava muito
Perdia a voz, mas nunca parou de falar
De longos cabelos amarrados,
Era comunista de atos e faces, sem assumir,
Que tinha nas veias...
Esse sangue vermelho de todo mundo.
E andava a conversar com todos.
Andava por aí a procurar um canto;
Andava por aí a esperar um conto...


                                             Setembro, 2011

sábado, 3 de setembro de 2011

Sexo


Pênis afoito entra e açoita
Vagina, macia ardia em desejo
Quando lambusada de beijo e excitação,
Abre-se num convite irrecusável a entrar
Que sem demora é correspondido
Como resposta da libido
Que num gozo conjunto
Libera a voz presa no âmago
Da vontade incontida
De penetrar de corpo inteiro
Tal vagina consentida