sexta-feira, 25 de maio de 2012

Encontros


Encontrei tudo o que procurava
Era tudo que não podia ser,
Porém era tudo que eu desejava.
Como um beijo roubado
Num piscar de olhos;
Tudo muda, sem palavras,
Tudo mudo, todo mundo.
Meus versos nos teus olhos
Como um plágio dos meus sonhos.
Nas tuas palavras subentendidas,
Escrevi minhas poesias inacabadas,
Num sonho interrompido pelo sol
Que transpassa a fresta da cortina da mente.
E encontrando o que não procurava
Me encontrei finalmente,
Te encontrei felizmente.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Anunciação


Um novo dia já não anuncia um novo dia!
São as mesmas dores e os mesmos sofrimentos.
As mesmas nuvens sobre meus olhos,
Sempre chovendo, sempre molhando.
Minha alma na lama desses pensamentos
Que me afundam na esperança da boa nova
Sem luz, sem cor, sem alegria,
Eu procuro um verso que complete minha poesia.
Sem letra, sem verso, sem poesia,
Eu procuro alguém que complete minha alegria.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Anseios



E que a alegria me faça bem
Como o amor que um dia eu tive
Por mim e por quem me amou.
Se já não posso amar
Que ao menos possa ser feliz
Sem tudo que um dia eu tive
Tudo que eu me despedi outrora.
Que possa me olhar no espelho,
E não quebrar a cara com meu reflexo.
Que tudo nessa vida possa ser real
Para que quando eu alucinar reconheça a diferença.
E que vida sempre traga surpresas
Pra que eu nunca enjoe dela
E me afeiçoe pela morte.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Insensatez


Errando paixões
Sigo com passos em falso
Sorrindo quando era pra chorar
Maquiando lágrimas com sorrisos.
Vai ser sempre assim?
Esse retalho de sensações
Desilusões guardadas na carteira
Como uma coleção de calendários.
Apago um cigarro na saudade
E acendo outra na insônia de mais uma noite.
Agradeço por nada, me despeço de tudo.
Mais um dia que virá,
Pra outra dor me agarrar!

sábado, 28 de abril de 2012

Teu Olhar



O que será que me dá?
Que me faz falta ser mirado por teus olhos,
Que me desiludo quando você passa
Sem ao menos um leve soslaio.
Me perco sem saber o que fazer
Quando sei que seus olhos desinteressados
Param sobre mim por um segundo.
Distraída você se vai
Sem perceber que levou minh’alma
No leve sorriso que seus olhos esconderam
Quando por um instante
Vi meu romance escritos
Nos fios emaranhados de teus cabelos.
Queria eu ser vento pra entre eles passear.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ode ao Grego



Do censo comum me desapego,
Sem medo do preconceito
E até com um certo tipo de despeito,
Inflo os pulmões para uma ode a ele,
Nascido na terra da democracia,
E nada mais democrático desde então.
Deleite de intimidade conjunta.
Uso da poética para um brado tardio
Ao ato alvo de um pré-conceito que repudio,
Como um hino eu canto meu apego,
Ao famigerado e platônico beijo grego.


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Compro Coca



Compro coca!
Compro coca, guaraná e fanta uva!
Tem doce? Tem bala?
Minha cabeça em parafuso.
Compro coca!
E qualquer bebida,
Que faça meu coração bater.
Minha cabeça em paranoia.
Compro coca!
E quando acabar cola.
Pra consertar minha vida
Minha cabeça quebrada.
Compra coca!
E o que mais tiver,
Desde que não me deixe sucumbir
Ao pragmatismo de agora
E o silêncio do devir.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Aaaah...Mulher!




Mais perfeita do que precisávamos,
Um raio de beleza multicolorido em nossas vidas nubladas,
Lindo botão de rosa que desabrocha no orvalho da primavera!
Hoje me alegro por ter você e ser pra você,
Esse dia é pouco pra demonstrar o quanto te necessito.
Rezo pra nunca faltar em minha vida você...Mulher!!!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Virgem Menina




Voltei a viver com intensidade
Depois da estocada dada
Na menina não desvirginada
Que imediatamente sangrava
Através da vagina pela saliva molhada.
E antes que recuperasse o ar,
Virei de costas à pequena fada
E ainda ereto,
Invadi a linda bunda rosada.
Com um grito de amor e dor consentido
Com um uivo a ninfa me presenteava.
Sem fôlego me deitei na grama pela noite orvalhada
Ouvindo gemidos da incauta que ainda ardida
Sorria feliz pela virgindade recém perdida.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Estranho Jeito de Amar




Seu sorriso na imagem
Com olhar puro e transparente
Tira a gravidade do meu chão.
As horas jorram de um relógio anacrônico
Nessa espera que não te traz pra mim.
Seu entendimento do meu ser,
O encaixe das nossas almas,
Revela o segredo desse sentimento,
Esse louco sentimento
Que faz ser nosso esse estranho jeito de amar
Nosso jeito ímpar de sentir
De ter o que é seu em mim
E tudo que é meu em você

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ao amor





Ao menos se houvesse uma palavra,
Um verbo que se limitasse a definir isso tudo
Imensidão de imaterialidade,
Que me preenche em todos os poros,
Criando uma densidade de não existência
Que envolve a visão daquilo que faz alvo.
Transformando o "não ser" em uma arte indefinida
Cujo nome se forma no vago da sua mente
Quando se encontra num furacão de vazio na memória.
Essa completa sensação de ser invadido
Por uma mescla de algo impalpável
Com um imenso vazio esgotado.
Isso tudo me traz a revolta da indefinição,
Mas, (felizmente) um vazio de solidão.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Grito

Sempre com gritos
Ele chega de um jeito torto
Um jeito errado
Que dá certo.
Sem olhar pra trás ele queima
Não escuta e finge que nem tá ali
Ele não pensa no que outros pensam
Louco, como poucos loucos nesses loucos
Sempre queimando, sem olhar pra trás
A gente sempre sabe quando ele chega
A gente sabe que ele grita
A gente sabe que é dele o grito.